Na primeira edição , Tony Lunz aborda o perfil do ministro Camilo Santana.

Coluna Educação

Camilo Santana:

Eu vejo com olhar de esperança e muito otimismo a escolha do novo Ministro da Educação, oriundo de Crato, no interior do Ceará, Camilo é pai de três crianças, formado em Engenharia Agrônoma e já foi professor de faculdade técnica. Entrou na política como secretário de Desenvolvimento Agrário no governo de Cid Gomes em 2006, apesar de já ser do PT. Em 2010 foi o deputado estadual mais votado do Ceará, continuou no governo como secretário das Cidades até 2014 quando se candidatou a governador. O ministério que cuida de bebês a universitários precisa de gente experiente em navegar pelos seus prédios e anexos – e preparada para as surpresas desagradáveis que sairão das gavetas e computadores da turma que está indo embora.

Eleito como o menos petista dos petistas, como se dizia no Ceará se saiu bem ao enfrentar seca, crise política e econômica durante o governo Dilma Rousseff (PT). E ainda facções criminosas que tomaram o Estado, com escalada de violência e motim de policiais militares. A greve culminou em 2019 com o episódio dramático de Cid Gomes baleado em Sobral, justo lá, na cidade referência em educação, ao tentar furar um bloqueio.

O petista tem histórico de bom negociador e elegeu este ano seu sucessor ao governo do Ceará, Elmano de Freitas (PT), no primeiro turno, derrotando o candidato de Bolsonaro.

Apesar de não ter o nome associado à educação, Camilo era até este ano governador reeleito do Ceará, o Estado que é imbatível no critério de reconhecimento de escola pública de sucesso.

Camilo entende a força política da educação como poucos. Quando se candidatou pela primeira vez ao governo em 2014, já levou com ele a então secretária de Educação de Cid Gomes (PDT), Izolda Cela, para vice. Responsável pela revolução no ensino de Sobral, a maior referência cearense, Izolda já era o nome forte na área no Estado e entrou na chapa pela aliança histórica dos dois partidos, que ruiu este ano com a ajuda do então candidato à Presidência Ciro Gomes.

O presidente eleito queria Camilo no ministério e, na matemática da Esplanada, não cabia dois do Ceará. Entre uma ministra sem partido e o ministro petista que acumula vitórias, ele ganhou de novo.

Depois de seis anos de abandono, sendo que nos últimos quatro anos o MEC foi descaracterizado, chegou a alvo de investigação e causou escândalos como prisão de pessoas envolvidas em corrupção. Agora com gestão responsável e experiente, temos tudo para ter um Ministério da Educação atuante e evolutivo. 

TONY LUNZ.

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