Funbel promove 1º Simpósio Sobre Acolhimento Autista e capacita profissionais em Belford Roxo

É preciso conhecer para incluir. A Fundação de Desenvolvimento Social de Belford Roxo (Funbel) promoveu na segunda-feira (19-12) o “1º Simpósio Sobre Acolhimento Autista: Conhecer para Incluir”, no Teatro da Cidade. O evento também certificou 32 profissionais da área de Educação, Saúde e Assistência Social no Curso de Capacitação Pedagógica no Cuidado com a Pessoa Autista (Transtorno do Espectro Autista – TEA), realizado pela Funbel.

A cerimônia reuniu pais, autoridades municipais e profissionais de diversas secretarias de Belford Roxo para discutir o autismo, tema de relevância nacional, além de compartilhar experiências e sugestões que fazem a diferença nos cuidados. Na ocasião, a advogada, pós- graduanda em TEA e mãe do pequeno Lucas, de 4 anos que possui autismo, Rhayssa Santos, realizou a palestra principal com o tema “TEA – O cuidado e acolhimento a família da pessoa autista”.

O evento realizou uma roda de conversa com a deputada federal e primeira-dama, Daniela do Waguinho, a presidente da Funbel, Clarice Santos, a secretária especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, a diretora da Divisão de Reabilitação de Belford Roxo e responsável pelo ambulatório Albert Sabin, Lidiane Sagawe, a secretária executiva de Políticas Públicas da Saúde Mental, Cláudia Polycarpo, e o empresário da área da saúde, Leandro Santoro. Um espaço do Teatro foi dedicado às oficinas de atividades lúdicas e pedagógicas para desenvolvimento do autista, com brinquedos e artesanatos feitos de materiais reciclados, que são utilizados para estímulos sensoriais indispensáveis no aprendizado.

Inclusão social

Reconhecida pelo trabalho como defensora da inclusão social de autistas, a deputada federal e primeira-dama, Daniela do Waguinho, destacou a importância do evento. “Venho lutando pela causa nobre dos autistas e da primeira infância em todo Brasil. O evento foi fundamental para levar conhecimento, capacitar profissionais para lidar com o transtorno do espectro autista e acabar com o preconceito”, argumentou. “Quero parabenizar pelo trabalho realizado na Funbel e nas oficinas que presenciei aqui. É de muito valor todo o esforço multisetorial promovido pelas secretarias no município”, acrescentou Daniela, que é responsável por projetos de lei para os autistas em Brasília, além de ter sido a relatora do projeto que tornou o laudo de diagnóstico do espectro autista permanente.

A presidente da Funbel, Clarice Santos, comentou sobre as atividades de inclusão. “O simpósio foi resultado de um trabalho das alunas que se formaram no curso com duração de três meses. Esse evento tem o objetivo de reconhecer, acolher e ensinar a lidar com o indivíduo que possui esse transtorno. É importante capacitar e levar esse conhecimento de qualidade para as atividades de desenvolvimento referentes a esse grupo”, concluiu Clarice.

A secretária executiva de Políticas Públicas da Saúde Mental, Cláudia Polycarpo, pontuou sobre o trabalho do Capsi (Centro de Atenção Psicossocial Infantil). “Atendemos toda a demanda do município e realizamos o primeiro diagnóstico e tratamento. Nossa equipe multidisciplinar atua diariamente discutindo todos os casos para acompanhar o desenvolvimento cognitivo, psicomotor, social e da autonomia dos usuários”, contou. “Realizamos um trabalho que vem recebendo um aumento na demanda, pois acolhemos diversos transtornos. Nosso desafio é ampliar o atendimento e os serviços para disponibilizar uma equipe especializada em cada canto do município”, completou a diretora da Divisão de Reabilitação de Belford Roxo e responsável pelo ambulatório Albert Sabin, Lidiane Sagawe.

Suporte nas escolas

A secretária especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, comentou sobre o que vem sendo feito no âmbito escolar. “A rede municipal vem se fortalecendo e oferecendo suporte dentro das escolas. Temos salas de recursos, estimuladores e professores auxiliares dentro da sala de aula. Estamos recebemos muitos profissionais capacitados e com experiência para garantir o desenvolvimento e a segurança dos alunos com autismo”, frisou Rosângela.

A moradora do Bairro das Graças, Aline Menendes, 35 anos, é mãe de Walace Junior, de 10 anos e que possui TEA. “Fui atraída hoje pelo aprendizado, me inscrevi para saber mais sobre o tema. Estou muito feliz com o conteúdo oferecido no evento e quero replicar em casa para ajudar meu filho no dia a dia”, contou Aline, com dois brinquedos educativos e sensoriais em mãos, que ganhou da oficina do evento.

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