André Ceciliano, Marcelo Freixo, Eduardo Paes, Waguinho — com a tão suada vitória de Lula finalmente nas mãos, os principais apoiadores do petista conquistaram um novo patamar na política do Rio.
Freixo, que amealhou 2,3 milhões de votos na tentativa de se eleger governador — a maior votação da esquerda no estado — entrou na disputa a pedido de Lula e terá espaço garantido no governo do petista.
Eduardo Paes pôs praticamente todo o seu grupo político nas ruas no segundo turno. Por Lula, bateu boca com bolsonaristas e com o próprio presidente da República nas redes sociais.
Como prêmio, agora, pavimentou o caminho para a disputa à reeleição em 2024 numa aliança com a federação PT-PV e o apoio do presidente eleito.
Ceciliano perdeu a briga para o Senado, mas não a majestade. Amanhã mesmo começa a dar as cartas na escolha de seu sucessor na presidência da Assembleia Legislativa e até na montagem das comissões da casa. E, mais do que isso: se coloca como o principal fiador de Cláudio Castro (PL) com o governo federal.
É dado como certo que também vá ocupar um cargo na administração Lula. Mas é ainda mais evidente que vai manter o poder — e por aqui mesmo.
E Waguinho… Bem, o agora progressista prefeito de Belford Roxo já ganhou fama nacional. Lula adora o novo companheiro — que, de personagem de segundo escalão na política do Rio, passa a ter o caminho livre nos salões do Planalto.
Desgastados na Baixada
Quem entrou em queda livre na Baixada é o bolsonarista Washington Reis (MDB) — curiosamente, um querido nas outras administrações de Lula.
Outro eleitor de Bolsonaro, o deputado estadual mais votado, Márcio Canella (União) passa a ver cada vez mais distante o sonho de presidir a Assembleia.
Autora: Berenice Seara .