Depois de reter, por 15 dias, o contrato para “recuperação, manutenção e operação da casa de bombas e comportas” do Canal do Outeiro, na Baixada Fluminense, finalmente a Casa Civil do governo do estado publicou, no Diário Oficial desta segunda-feira (26), a formalização que dará início às obras contra enchentes que assolam a região.
O contrato entre o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a D.A.S Engenharia LTDA — empresa vencedora da licitação — foi assinado no dia 9 de fevereiro. Mas não tinha validade enquanto não fosse publicado.
Acontece que, nos últimos tempos, as ações da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, comandada pelo vice-governador Thiago Pampolha (MDB), têm ficado retidas na Casa Civil.
Há quem diga que é por excesso de trabalho. Outros acreditam que o problema foi a falta do secretário-chefe, Nicola Miccione, que estava viajando e só voltou ontem. Mas, já que o vice mudou de partido à revelia do governador Cláudio Castro (PL), a maioria aposta mesmo em retaliação contra Pampolha. O governador planeja uma reforma no secretariado — e o moço anda com a corda no pescoço.
Mas a demora (intencional ou não) começou a ser muito criticada — já que a falta de manutenção das bombas aumenta os riscos de novas tragédias nos bairros Lote Quinze, em Belford Roxo, e Pilar, em Duque de Caxias, dos mais atingidos pelas cheias de janeiro.
Uma boa notícia ainda que demorada, o conserto dessas bombas significa para muitas famílias um recomeço de fato!