A Secretaria da Pessoa com Deficiência de Belford Roxo iniciou o curso de Libras para 25 funcionários que irão trabalhar nas seguintes unidades de emergência: UPA Bom Pastor, UPA do Lote XV, Hospital Municipal e Hospital Fluminense. O objetivo é que esses servidores auxiliem na conversa os pacientes que tenham algum tipo de deficiência, destacando-se os surdos. O curso, realizado às sextas-feiras, no centro Educacional Batista Sobrinho, no Parque São José, tem duração de três meses (24 horas).
Na avaliação do secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Elvis Jacob, o Elvis da Internet, o curso é fundamental para ajudar os pacientes que necessitam de um intérprete de Libras. “Em diversas reuniões que fiz recebi solicitações de mães atípicas (com filhos que tenham Transtorno de Espectro Autista) informando sobre as dificuldades em ir a um posto de saúde ou hospital, pois normalmente a criança fica muito agitada. Há casos também de surdos que chegam em uma unidade de saúde e não sabem explicar, por exemplo, o que estão sentindo. Com este curso, os servidores da Secretaria poderão ajudar a fazer essa interlocução e solucionar o problema da falta de comunicação”, frisou Elvis da Internet, destacando que não só pessoas com deficiência receberão auxílio. “Os idosos também terão ajuda. Nossa meta é ministrar esse curso para diversas Secretarias, facilitando o atendimento dessas pessoas que muito necessitam, completou o secretário.
O professor de Libras, Damião Silva, destacou a importância de a Prefeitura colocar funcionários com conhecimento de Libras nas unidades, facilitando assim a vida de quem precisa. “Já presenciei surdos chegando em unidade de saúde que não tem intérprete de Libras. Belford Roxo está dando um passo à frente e isso faz a diferença na vida das pessoas com deficiência”, argumentou Damião.
Auxílio no trabalho
Durante o curso os alunos recebem uma apostila com o conteúdo das aulas que serão ministradas. Dentre os principais tópicos de ensinamento estão: configurações das mãos, alfabeto manual e números, dias da semana, meses, anos, hora e cumprimentos. Cada aluno, além da apostila ganhou uma camisa que irá usar nas unidades onde trabalhar. Para identificação, atrás da camisa está escrito “Posso ajudar? PCD”.
Patrick Monteiro da Silva, 32 anos, está entusiasmado com a possibilidade de aprender Libras. “Irá me auxiliar muito nesse trabalho nas unidades de saúde, pois terei como conversar e entender o que a pessoa quer”, resumiu. Trabalhando há uma ano na Secretaria da Pessoa com Deficiência, Ana Gabrielli, 20, faz coro com Patrick e destaca a importância do curso. “O trabalho se desenvolverá melhor, pois entendendo o que a pessoa quer fica mais fácil de resolver o problema”, completou.