“Atitude é Acessibilidade”. Foi com esse tema que os alunos do projeto Guarda Mirim de Belford Roxo participaram de uma palestra sobre acessibilidade, voltada ao deficiente visual. O encontro faz parte da programação fora das salas de aulas do projeto para contribuir nos estudos. Ao final da palestra, os jovens participaram da dinâmica pelo espaço do Polo Cederj para terem noção das dificuldades da pessoa com deficiência e como podem auxiliá-las. O projeto da Guarda Municipal pertence à Secretaria de Segurança Pública.
Psicólogo e professor do polo Cederj nas disciplinas de Administração Pública e Psicologia Organizacional, Hélio Orrico foi o palestrante do dia com uma aula sobre orientação e mobilidade para as pessoas com deficiência visual. “O intuito é trazer a importância do contexto atitudinal para o processo de inclusão social da pessoa com deficiência. Considerando que a sociedade dispõe de bens e serviços que devem ser destinados a todas as pessoas, o cotidiano da pessoa com deficiência no território deve incluir a plena participação social. Elas são pessoas vulneráveis, por isso, os equipamentos municipais devem estar preparados para o seu acolhimento”, comentou Hélio.
O professor ainda destacou a importância da Guarda Mirim no processo de inclusão ser relevante, pois a atitude social favorável depende de três eixos a serem trabalhados: afetivo, cognitivo e comportamental. “Nesta direção, trabalhamos os três eixos no âmbito da deficiência visual, o que certamente impacta a cidadania devido ao grau de vulnerabilidade. “Jovens sendo direcionados a perceberem o grau de dificuldade que a pessoa com deficiência visual enfrenta certamente se envolvem mais e tem atos de solidariedade humana. Com isso, a Guarda Mirim se constituirá de jovens atentos para a solidariedade”, finalizou.
Olhos vendados
Atento à palestra, o secretário de Segurança Pública, Luciano Arigone, ressaltou a importância do assunto para os jovens. “Palestras e aulas sobre acessibilidade são sempre bem-vindas, pois é sempre bom conscientizar as pessoas desde jovens. Educá-los para auxiliar as pessoas com deficiência no dia-a-dia é um trabalho de solidariedade”, resumiu Arigone ao lado dos coordenadores do projeto Thiago Silva e Egídio Soares. Aos 11 anos, Miguel Santana garantiu que aprendeu muito com a palestra. “Fiquei muito interessado sobre a inclusão. Eu já tinha noção de como ajudar os deficientes visuais, mas hoje vi que não sabia de tudo. Me acrescentou muito, principalmente na dinâmica que fiquei com os olhos vendados e estive no lugar do deficiente e vi como é difícil. Como o papel da sociedade em auxiliar é importante”, destacou o menino.
Também estiveram presentes: o representante da Secretaria de Educação, Damião Ferreira da Silva (Educação Especial); a coordenadora da Educação Especial e Inclusiva da UERJ, Edicleia Mascarenhas; coordenadora da Licenciatura em Pedagogia/ UERJ do Polo Cederj, Elimete Aquino; coordenador do curso de Administração Pública da UFF, Adamo Bouças da Veiga; e a diretora do Polo Cederj, Deiseli Coutinho.