Inspirada pela natureza e a mente humana. A artista plástica abstrata Shirlei Gall, nascida e criada em Belford Roxo, foi selecionada para participar do 8º Salão de Arte Brasileira, em Liechtenstein. Com obra única, feita exclusivamente para a exposição que leva o tema Futebol Arte, a artista belforroxense representará o país, ao lado de grandes nomes como Eduardo Kobra e Crânio. O evento acontecerá do dia 17 de junho até 2 de julho.
A moradora do bairro de São Bernardo, Shirlei Gall, de 37 anos, foi escolhida junto a 54 artistas do mundo todo, através de uma curadoria e análise de portfólio. Para a exposição, Shirlei pintou um quadro que expressa a dor, a angústia e o desespero de um gol perdido. A obra se chama “Not Just a Game”, que na tradução do inglês significa “Não É Só Um Jogo”, e só será revelada durante o evento.
Cria de Belford Roxo, Shirlei dedicou-se a aprender técnicas de desenho e pintura, tendo o primeiro contato com arte na Casa de Cultura de Belford Roxo. “Me encantei e me apaixonei pela pintura assim que pintei a primeira tela. Utilizei tinta a óleo e fiz um sol com traços abstratos”, ressaltou. “Segui esse caminho desde então, criando artes que carregam texturas expressivas, cores terrosas e contrastes entre o claro e o escuro”, contou a artista, ao lado do secretário municipal de Cultura, Róbson Sarmento.
Identidade visual própria
Aos 15 anos de idade, Shirlei se reconheceu como artista e apaixonou-se pela pintura. Desde então começou a investir na carreira, criando uma identidade visual própria com influências do clássico e contemporâneo. “Tive que estudar muito para aperfeiçoar minha técnica. Ao longo dos anos, fiz diversos cursos e workshops. Além disso, trabalhei minha introversão e timidez para estar presente onde a arte se encontra”, revelou Shirlei, que está perto de concluir o curso de Artes Visuais pela Universidade Estácio de Sá.
Muitas das pinturas da artista costumam nascer de um processo criativo diferente que envolve a elaboração de poesias. Nas suas obras, Shirlei utiliza técnicas como a espátula, aquarela e arte fluida, seja em telas, painéis ou até mesmo em papeis. A artista já perdeu as contas de quantas obras já produziu e possui quadros em coleções particulares nos estados de São Paulo, Ceará, Maranhão e Rio de Janeiro. “Arte é vida. E a vida não tem sentido sem a arte. Espero poder deixar um pedacinho da minha arte em cada canto do mundo. Fico feliz em estar dando os primeiros passos”, frisou Shirlei.
A mãe de Shirlei, Maria Dicleir, de 68 anos, foi professora primária e de matemática na rede municipal de Belford Roxo. “Sempre acreditei e apoiei as intenções artísticas da minha filha. Incentivei desde o início, levei e busquei das aulas de pintura”, compartilhou. “Tenho orgulho das conquistas dela e comemoramos cada novo local que ela expõe suas artes”, acrescentou Maria.