Governo faz corte de R$ 1,7 bi na verba do MEC em meio a jogo da seleção

Enquanto o Brasil inteiro estava de olhos voltados para o jogo de hoje da seleção nacional contra a Suíça, na Copa do Mundo, o governo federal fazia novo corte de R$ 1,68 bilhão no orçamento do MEC (Ministério da Educação), sendo R$ 220 milhões das universidades públicas e institutos federais de educação. Segundo vários reitores, a decisão torna ainda mais dramática a situação das instituições, que ficarão sem dinheiro para pagar serviços básicos, como limpeza e segurança. O governo de Jair Bolsonaro determinou muitos cortes nas verbas destinadas ao MEC. O último deles ocorreu pouco tempo antes do primeiro turno das eleições, em 4 de outubro. As perdas de universidades e colégios .

Tiraram recursos da universidade no meio de uma operação para pagar R$ 1,5 milhão para a empresa de manutenção dos prédios”, contou à coluna Marcia Abrahão, reitora da Universidade de Brasília (UnB). “Imagina você cheio de contas, dinheiro curto e enquanto você está assinando o cheque para honrar as despesas emergenciais, o seu chefe retira parte do seu salário, que já estava defasado”, exemplificou ela….

“Imagina você cheio de contas, dinheiro curto e enquanto você está assinando o cheque para honrar as despesas emergenciais, o seu chefe retira parte do seu salário, que já estava defasado”, exemplificou ela. A justificativa para o corte, registrada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), é a responsabilidade fiscal. O texto informa que a Junta de Execução Orçamentária, colegiado responsável pela condução da política fiscal do governo, decidiu pelo “bloqueio de dotações de despesas discricionárias”, com o objetivo de cumprir a regra do teto de gastos. O comunicado informa também que foi feito o estorno (devolução) dos limites disponíveis nas contas..

Os valores dos cortes variam de acordo com cada instituição. Da UnB foram retirados R$ 2 milhões, enquanto a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) perdeu R$ 9 milhões. “Não conseguimos pagar contas de água e luz há meses. Agora, os salários dos trabalhadores terceirizados podem faltar em pleno Natal!”, lamentou no Twitter a professora Denise Carvalho, reitora da UFRJ. “Imaginem mais atendimentos sendo interrompidos nos hospitais. Isso é cruel e inadmissível!”.

Fonte : UOL

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